quarta-feira, 1 de junho de 2011

Os medicamentos e os tratamentos da ESQUIZOFRENIA


A idéia de tratar o esquizofrênico parte do contexto de alcançar seus níveis de consciência e reestabelecer suas relações com a realidade.

As medicações por sí só não tem essa função , a idéia de medicar o doente esquizofrênico é de equilibrar seus níveis de psicose em um ponto onde se possa trabalhar a psicoterapia adequada a ele, permitindo assim que haja uma ligação entre os profissionais da saúde e o paciente, vinculando - o a distinguir a realidade comum ao seu meio de seus delírios e alucinações crônicas.

A medicação antipsicótica ou a neuroléptica visam bloquear os receptores dopaminergicos ampliando assim o intercâmbio de dopaminas no nível cerebral produzindo ação antipsicótica.

A princípio , por volta de 1950, sintetizou-se para uso antipsicótico a CLOPROMAZINA .A primeira referência do uso de clorpromazina na literatura médica surgiu num trabalho de Laborit e Huguenard em 13 de fevereiro de 1952: "Um novo estabilizador neurovegetativo, o 4560 R.P." A substância foi chamada na França de Largactil. Nos EUA mudou de nome e passou a se chamar Thorazine. No Brasil recebeu o nome de Amplictil. Sua atuação consiste em inibir os receptores pós-sinápticos dopaminergicos, porém causa liberação de prolactina pela adenohipofise (a hipofise é a glandula responsável pelo equilíbrio endócrino), substância que estimula produções hormonais , as quais nas mulheres são responsáveis pela produção de leite nas mamas e nos homens pode causar impotência sexual por bloquear o fluxo de produção da testosterona.
 Atualmente , devido aos efeitos colaterais, a Clopromazina geralmente não é via de primeira escolha, porém , em relação aos demais farmacos psiquiátricos, possuí um preço mais acessível aos clientes.

O haloperidol tem como mecanismo de ação o bloqueio seletivo do sistema nervoso central.Foi desenvolvido em 1957 pela companhia belga Janssen Farmacêutica .atingindo por competição os receptores dopaminérgicos pós-sinápticos. É, portanto, um bloqueador do receptor D2 da dopamina.O aumento da troca de dopaminas no cérebro produz o efeito antipsicótico. O pró-fármaco decanoato de haloperidol, libera lentamente o haloperidol de seu veículo. Em consequência do bloqueio dos receptores de dopamina ocorrem efeitos motores extrapiramidais no paciente, os musculos se contraem e se irrigessem, sendo necessário até mesmo o uso de medicamento anticolinergico , como por exemplo o biperideno .






Há também a opção do tratamento de eletrochoque, não com a função de "eletrocutar" o paciente, mas sim estimular os seus impulsos. O eletrochoque é a opção usada quando o tratamento medicamentoso e psicoterápico não funcionaram.

Abaixo, um esquema indicativo de como e quando o paciente é conduzido ao eletrochoque.



Hoje em dia, a Olanzapina é um medicamento que tem trazido bons resultados para a esquizofrenia resistente aos tratamentos convencionais, com uso de farmacos clássicos ou típicos, seus mecanismos tem sido mais eficientes e o tratamento psicoterápico inicia-se consequentemente mais rapido.

Falaremos mais desse medicamento ao longo de nossa temática sobre psicóses gerais.

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