segunda-feira, 9 de junho de 2014

DENGUE ... Vamos conversar sobre ?

Prezados leitores, amigos, alunos, colegas de profissão.
Essa postagem pretende ser mais uma conversa do que um formato didático de aulas como tenho feito na maioria das vezes, vamos falar sobre o vírus da dengue, aliás sobre "Os vírus": DEN - 1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, é o que se tem classificado, isso significa que se você , ao longo da vida, pegar dengue 4 X ou os 4 tipos de alguma forma(desculpe o vocabulário , mas sinceramente "Puta AZAR hein amigo !!!" ) você não terá mais dengue teoricamente ... (alguma coisa de bom tem que ter né ... será ?) 
Bom acho que todos sabem que o mosquito Aedes Aegypti é o transmissor (Em epidemiologia seria o vetor) do vírus ... 



Mas esse "belo bichinho" ai em cima nem sempre é o culpado, é importante saber disso (Embora eu me sinto obrigado, moralmente, a matar eles cada vez que vejo... que me perdoem os protecionistas de insetos ...) pois para transmitir dengue ele tem que ter a dengue , ou seja , tem que estar infectado e se tornar infectantes e em geral são as fêmeas que são FATAIS . Como funciona isso ? 



Imagem do site : www.laboratoriobiolider.com.br


A Fêmea precisa de sangue para amadurecer seus ovos, portanto ela pica pessoas de todos os tipos, inclusive os indivíduos já infectados com dengue, assim se torna Infectada. Mas ainda ha um período de tempo de 10 e 12 dias depois, as partículas do vírus dengue se disseminam pelo organismo do A. aegypti, se multiplicam e invadem suas glândulas salivares: neste momento, o mosquito fêmea se torna infectivo e, somente a partir daí, poderá transmitir o vírus a outra pessoa.

Achou complicado ? Pois é complicado é ter dengue , porque a sensação é desagradável e os sintomas são horríveis ! (Aqui fala alguém que já pegou 2X... meio azarado não é ?) 

Falando sério de sintomas : 

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.

Na pior das hipóteses : 

Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.

Parte do texto foi retirado do : http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/aedesvetoredoenca.html



Se você sentir os sinais acima e tiver coriza fique feliz!!  não está com dengue (Quer dizer, nem tanto, pois pode estar com uma gripo, talvez até H1N1 ... bom, mas ai é outra história rsrs... com coisa séria não se brinca... ) , o vírus se trata de um arbovírus -Flaviridae (para os curiosos de plantão em biologia) que não vão fechar o ciclo como um retrovirus gripal, mas em compensação na maior parte dos casos termina o ciclo com uma coceira (prurido) bem complicado ... 

Bom meus caros, as medidas para evitar dengue todos conhecem também, tudo baseado em não deixar água (principalmente limpa) parada acumulada, pois o mosquito depositará seus ovos ali e os focos podem ficar descontrolados... Mas e se no meu bairro tem vários focos e eu estiver exposto, como me proteger ? O que fazer ? A resposta está em usar repelentes ! 

Você pode usar repelentes industrializados e/ou alguns alternativos caseiros, um deles é essa combinação aqui : 



Mas temos uma alternativa interessante que serviu de projeto por parte de alunos de um curso técnico profissionalizante de enfermagem, vejamos o vídeo a seguir "Borra de Café" :



Este vídeo foi postado com a devida permissão de Patrícia M. Benjamim e está igualmente postado no youtube em -> http://youtu.be/P1lAlQC8O9M

Meus caros , é isso , dengue é algo sério, que me pegou 2 X na vida e foi bem desagradável, por isso aproveitei a "onda" e resolvi postar essa conversa aqui com vocês, procurem se proteger e prevenir. 

Fiquem a vontade para fazer comentários. 

Abraço 

Rafael L. Ribeiro 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Mudanças de Decúbito

Prezados leitores 

Vamos tratar nessa postagem de um assunto que faz parte dos fundamentos práticos da enfermagem, que em qualquer tempo não devem ser esquecidos e fazem diferença principalmente no conforto proporcionado ao seu cliente, vamos falar de mudanças de decúbito. 

Como o leitor sabe há momentos em que o cliente se encontra impossibilitado de se mover em seu leito devido a limitações físicas ou estados de inconsciência profunda, é responsabilidade da equipe de enfermagem pensar e executar esses movimentos em tempos espaçados para promover conforto e : 

-  Prevenir contraturas musculares e deformidades


Se o indivíduo permanecer muito tempo deitado em mesma posição a musculatura se contraí e dores podem surgir em locais diferentes.

- Estimular a circulação sanguínea


Como já vimos em outros momentos no blog e como o leitor mais experiente (alunos e profissionais de saúde) já sabem, o conduz oxigênio e nutrientes para todo o organismo, sendo assim é necessário manter a circulação ativa, se o indivíduo permanecer muito tempo deitado em posição estática essa circulação tende a ser prejudicada, diminuindo a distribuição de trocas gasosas pelo corpo e a chegada de nutrientes para todo o organismo. É responsabilidade do profissional de enfermagem ter atenção a esse fato! Prevenindo ulceras por pressão, tromboflebites e edemas nas extremidades.

- Promover expansão pulmonar


Sabemos que algumas 

posições facilitam os 

movimentos respiratórios 

e também a drenagem de 

secreções, portanto é

 necessário ter atenção com

 o volume de drenagem e 

com a expansão torácica.



- Facilita a realização de exâmes. 



- Alivio da pressão sobre determinada área corporal. 



Veja por exemplo nas figuras os pontos que estão sendo pressionados no decúbito lateral ... se o cliente permanece muito tempo exercendo pressão nesses pontos a circulação tende a diminuir e deformidades se fazem dando origem a diminuição de trocas gasosas periféricas, o que diminuí também a chegada de oxigênio, podendo lacerar e futuramente ulcerar o local submetido a pressão constante. 

Nessa postagem não vamos tratar especificamente de "Ulcera por pressão", mas se você digitar esse termo no google verá a quantidade enorme de assuntos que permeiam esse tema e também verá várias figuras de deformidades causadas por esse fenômeno. Fato aqui a ser considerado é que mudança de decúbito faz enorme diferença para evitar esse mal. 

Vamos ver a seguir os tipos de mudanças de decúbito e para que servem : 

DECÚBITO DORSAL


Posição que favorece a expansão torácica e abre as vias aéreas, exercendo pressão dividida entre os calcâneos, a região sacral e as regiões escapulares, bem como na região occipital (nuca) do individuo. 

DECÚBITO VENTRAL


Posição que exerce pressão variável (conforme a cabeça) no rosto do indivíduo, nas regiões zigomáticas e frontal, exercendo pressão no tórax, portanto não é a mais adequada para quem está com dificuldades respiratórias. É indicada para  submeter o cliente a massagens de conforto e também examinar as partes posteriores, ou em casos onde o cliente se sente confortável deitado assim.

DECÚBITO LATERAL

Considerando lateralização esquerda temos uma posição comum para conforto, bem como o lado direito, porém ao deitar o cliente para o lado esquerdo temos a possibilidade da posição Sims:  
deitar

 o paciente sobre o lado direito flexionando-lhe as pernas, 

ficando a direita semi flexionada e a esquerda mais 

flexionada, chegando próxima ao abdômen. Para o lado 

esquerdo, basta inverter o lado e a posição das pernas. 

Posição usada para lavagem intestinal, exames e toque.


DECÚBITO GENU-PEITORAL  

O Cliente é posicionado semelhante a figura onde se mantém ajoelhado e com o peito descansando na cama, os joelhos devem ficar ligeiramente afastados. Posição usada para exames vaginais, retais e cirurgias.

DECÚBITO GINECOLÓGICO OU POSIÇÃO LITOTÔMICA

A posição referida tem sua finalidade para exames e toques genitais, ou mesmo para trabalho de parto e sondagem vesical, ou ainda outros atos cirúrgicos nas genitálias. O que define o termo "litotomia" é basicamente o fato de haver uso de suportes que prendem os membros inferiores mantendo-os elevados como na figura. 
FOWLER 



SEMI- FOWLER

Em ambos os casos o paciente fica semi-sentado confortavelmente, utilizado conforme necessidades respiratórias ou para alimentação e descanso. 

TRENDELEMBURG


O paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas e pé acima do nível da cabeça, posição usada para retorno venoso, cirurgia de varizes, edema.


Espero ter contribuído com o conhecimento do prezado leitor que tem acompanhado as postagens através do blog e das aulas encerrando aqui mais esse assunto. 

Se desejarem podem comentar ou mesmo enviar mensagem de texto por email que eu respondo, é sempre bom trocar conhecimentos e aprender mais. 

Agradeço a leitura ! 

Abraço !

Rafael L. Ribeiro 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Prosseguindo com Vacinas...




Prezado leitor, espero que tenha curtido as postagens sobre vacinas e imunização, pois teremos nessa uma continuidade. Para prosseguir com a temática iniciaremos revisando a "Resposta Imune". 



A resposta imune depende de dois fatores:

nInerentes às vacinas
nsuspensão de bactérias vivas atenuadas (BCG, por exemplo);

n- suspensão de bactérias mortas ou avirulentas (vacinas contra a coqueluche e a febre tifóide, por exemplo);

n- componentes das bactérias (polissacarídeos da cápsula dos meningococos dos grupos A e C, por exemplo);

n- toxinas obtidas em cultura de bactérias, submetidas a modificações químicas ou pelo calor (toxóides diftérico e tetânico, por exemplo);

n- vírus vivos atenuados (vacina oral contra a poliomielite e vacinas contra o sarampo e a febre amarela, por exemplo);

n- vírus inativados (vacina contra a raiva, por exemplo);

n- frações de vírus (vacina contra a hepatite B, constituída pelo antígeno de superfície do vírus, por exemplo).
nInerentes ao próprio organismo
nIdade;
nDoença de base ou intercorrente;
nTratamento imunossupressor.


VEJA A SEGUIR O CALENDÁRIO VACINAL RECOMENDADO PELO SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA: 


Pressione Ctrl+ para ampliar com zoom se quiser...

A seguir vamos aprender sobre cada uma : 


BCG

nTipo de vacina: Suspensão de bacilos mycobacterium bovis atenuadosnTempo de duração: 6 horas após diluiçãonVia de administração: IntradérmicanDose: 0,1mlnConservação: temperatura 2 a 8º, fotossensívelnContra indicações: De caráter geral; em crianças com menos de 2kg, e afecções dermatológicas extensasnEventos pós vacinais normais: Lesão local-evolui com nódulo para úlcera e depois crosta. Dura cerca de 6 a 10 semanasnEventos adversos: Abcessos, úlceras muito grandes, gânglios flutuantes e fistulizados.nContatos de hanseníase: recebem duas doses com intervalo mínimo de 6 mesesEm crianças que receberam o BCG há seis meses ou mais, nas quais está ausente a cicatriz vacinal, indica-se uma revacinação, sem necessidade de realização prévia do teste tuberculínico (PPD).


HEPATITE B 

         Tipo de vacina: antígeno de superfície do vírus hepatite bTempo de duração: IndeterminadoVia de administração: IntramuscularDose: 0,5 ml até 19 anos e 1,0ml em maiores; duplicar a dose em imunodeprimidosContra indicações: Anafilaxia à dose anteriorEventos pós vacinais: Febre, cefaléia, reações locais leves, mal estar e raramente anafilaxia



DTP

nComposição: toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis inativada
nAdministração: intramuscular profundanConservação: entre +2°C e +8°C. O congelamento inativa a vacinanEsquema básico: três doses com intervalos de 60 dias.1) O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias;2) O aumento do intervalo entre as doses não invalida as feitas anteriormente, e, portanto, não exige que se reinicie o esquema;3) Recomenda-se completar as três doses no primeiro ano de vida;4) Não se usa a vacina tríplice DTP a partir de sete anos de idade.

Vacina contra Haemophilus influenzae do tipo b


nComposição e apresentaçãonAs vacinas contra Haemophilus influenzae do tipo b (Hib) são constituídas pelo polissacarídeo capsular - PRP - (poliribosil-ribitol-fosfato), conjugado quimicamente a uma proteína carreadora.nAdministração Intramuscular.nIntervalo: três doses aplicadas no primeiro ano de vida, a partir dos dois meses de idade, com intervalos de 60 dias entre as mesmasnOs eventos adversos: locais (dor, eritema e/ou enduração) e gerais (febre, irritabilidade e/ou sonolência) são de freqüência e intensidade baixasnContra-indicações:nNão há, exceto aquelas gerais a todas as vacinas, como doenças graves ou relato de ocorrência de reação anafilática sistêmica após aplicação de dose anterior.
nConservação: Deve ser conservada entre +2°C e +8ºC



        CONTRA POLIOMIELITE

         Tipo de vacina: Vírus atenuado dos três tiposTempo de duração: 5 diasVia de administração: OralDose: 2 gotasContra Indicação: Apenas de caráter geralEventos pós vacinais: Desenvolvimento da poliomielite em cerca de 1 caso para cada 5.000.000 de doses aplicadas, sendo 10 vezes mais freqüentes em imunodeprimidos.

VOP - SABIN


nIdade: crianças de zero a 4 anos, 11 meses e 29 dias
nVia de administração: oralnDose: 2 gotasnCuidados:¨Contaminação – desprezar o frasco;¨Temperatura – 2 a 8°C (termossensível);¨Ao final do dia inutilizar os frascos abertos;
¨Utilizar dois frascos ou bisnagas de vacina, alternando a cada cinco crianças vacinadas, para evitar o contato prolongado com o calor da mão.


VIP - SALK

nVírus inativado
nImunogenicidade:
¨Imunidade Humoral quase de 100%;¨Título de Anticorpos é mais elevado nas primeiras doses¨Maior resistência à alteração da temperatura¨Não é eliminada pelas fezes (imunodeprimidos)


PNEUMOCÓCICA 10 

n Indicações : crianças de 2 meses a < de 24 meses de idade contra doença  invasiva(incluindo sepse, meningite, pneumonia bacterêmica e bacteremia) e otite média aguda causadas por Streptococcus pneumoniae.n Composição e Apresentação  : A vacina pneumocócica 10-valente é conjugada. Constituída por polissacarideos, 10 (dez) sorotipos de pneumococos e conjugada com a proteína D e de Haemophilus influenzae para oito de seus sorotipos carreadores de toxóide diftérico (DT)
nAdministração:  intramuscularnConservação: entre 2°C e 8°C, não podendo ser congelada. 


MENINGOCOCO C CONJULGADA


      














nTipo de vacina:  pó liofilizado, Oligossacarídeo meningocócico C.
nIndicação: menores de 2 anos

nAção: contra Neisseria meningitidis (meningococo) cuja disseminação resulta em infecções invasivas graves como  a meningite e a meningococcemia

nAdministração: via intramuscular Profunda

nConservação: temperatura entre 2°C e 8°C.  Não congelar.

nContra-indicações: indivíduos com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente da vacina. a administração da vacina meningocócica C conjugada deve ser adiada em indivíduos que apresentam estado febril grave e agudo

nEventos  adversos  locais:  dor,  rubor,  edema,  endurecimento  e hipersensibilidade.
nEventos adversos sistêmicos: em crianças menores há relato de febre, choro,  irritabilidade,  sonolência  ou  comprometimento  do  sono, anorexia, diarréia e vômitos.

ROTAVÍRUS 



nProdutonVacina oral, líquida, monovalente.nNota - Contém a cepa humana de rotavírus G1,P[8], atenuada.nIdade para vacinaçãonA partir de dois meses.nDoses e intervaloDuas doses, aos 2 e 4 meses, com intervalo mínimo de quatro semanas. A vacina oral contra poliomielite poderá ser administrada na mesma data ou com pelo menos 15 dias de intervalo.nContra-indicações• Imunodeficiências primárias ou secundárias• Reação anafilática aos componentes da vacina ou à dose anterior.• Doença crônica gastrintestinal, má-formação do trato digestivo e história préviade intussuscepçãoA vacina deve ser adiada nas crianças com vômitos intensos e/ou diarréia grave


O ESQUEMA ABAIXO SERVE PARA EXPLICAR COMO DEVE SER ADMINISTRADOS SCR (mais conhecida como tríplice viral, Sarampo, Caxumba e Rubéola) E FEBRE AMARELA: 

Ctrl+ caso necessite de zoom...


PENTA VALENTE 


nComposição: toxóides de difteria e tétano, suspensão celular inativada de  Bordetella pertussis, antígeno de superfície de hepatite B (HBs-Ag), e oligossacarídeos conjugados de Haemophilus influenzae do tipo b.nIndicação: A vacina DTP/HB/Hib é indicada para imunização ativa de crianças a partir de dois meses de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenzae tipo b.
nEsquema: vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a partir de 2 meses de idade.
nAplicação: Administrar dose de 0,5 mL  por via intramuscular.



nOs dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro reforço aos de 15 meses de e o segundo  reforço aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 11meses e 29 dias.


CONTRA - INDICAÇÕES GERAIS PARA AS VACINAS: 


nPessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida;nPessoas acometidas por neoplasias malignas;nPessoas em tratamento com corticóides em esquemas imunossupressores ou submetidas a transfusão de sangue ou plasma;nGravideznDoenças agudas febris graves


SITUAÇÕES ONDE É RECOMENDADO ADIAR A VACINAÇÃO:


nAté três meses após o tratamento com imunodepressores ou com corticosteróidesem dose alta.  Esta recomendação é válida inclusive para vacinas de componentes e de organismos mortos ou inativados, pela possível inadequação da resposta.


n• Administração de imunoglobulina ou de sangue e derivados, devido à possibilidade de que os anticorpos presentes nesses produtos neutralizem o vírus vacinal. Esta recomendação é válida para as vacinas contra o sarampo, a caxumba, rubéola e varicela. As vacinas contra a caxumba, rubéola e varicela não devem ser administradas nas duas semanas que antecedem ou até três meses após o uso de imunoglobulina ou de sangue e derivados.


n• Durante a evolução de doenças agudas febris graves.


Caro leitor:

Essas acima são as vacinas recomendadas pelo ministério da Saúde, deixo como referencial os seguintes textos : 

nManual de procedimentos de vacinação. Ministério da saúde. Disponível: 


nSuplemento da norma técnica do programa de imunização. CVE São Paulo.Disponível em: http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/imuni/pdf/imuni10_suple_norma_rev.pdf


Agradeço mais uma vez sua visita e até a próxima !! 

Profº Rafael L. Ribeiro 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

PNI e Vacinas, introdução

Prezado leitor 


Após compreender o sistema Imunológico e ter feito a revisão, vamos tratar de um assunto que o profissional da saúde brasileiro não deve prescindir, vamos estudar as VACINAS.


Mas antes de falar sobre Vacinas temos que mencionar algo importante que possibilita o controle e distribuição no território nacional :


O Programa nacional de Imunização PNI Criado em 1973 e institucionalizado em 1975 por determinação do    Ministério da Saúde, com o objetivo de coordenar as ações de imunizações.

De 1990 a 2003, o PNI fez parte do CENEPI/FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. A partir de 2003, passou a integrar a DEVEP/SVS - Secretaria de Vigilância em Saúde, inserido na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações - CGPNI.

O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 

Informações retiradas de : http://pni.datasus.gov.br/apresentacao.asp


Como podemos definir o termo VACINA : Conjunto de métodos terapêuticos destinados a conferir ao organismo um estado de resistência ou imunidade contra determinados microorganismos infecciosos. Com finalidade principal a redução da morbidade e da mortalidade infantil por doenças imunopreviníveis



De que é composta a vacina ? 



Agente imunizante (vírus, bactéria ou qualquer microrganismo do qual se quer imunizar ou fortalecer o sistema imunológico), pode conter proteínas ou outros componentes originados dos meios de cultura ou da cultura de células utilizados no processo de produção da vacina, bem como outros componentes, como liquido de suspensão, conservantes, antibióticos e outras substâncias 

Mas as vacinas então são compostas de " Agentes causadores de doenças" ? 

Sim, porém esses estão atenuados (Enfraquecidos) por processos de inoculação em organismos animais ou então são Cepas ( partes inativadas, ou mortas, de microrganismos patogênicos. 


Além dos Microrganismos patogênicos o que mais há nas vacinas ? 

Líquido de suspensão - É constituído geralmente por água destilada ou solução salina fisiológica.

Conservantes e antibióticos -  evitam o crescimento de contaminantes (bactérias, fungos), como mercuriais (timerosal) e antibióticos (neomicina).

Estabilizantes - auxiliam a proteger as vacinas de condições adversas, como congelamento, calor, alterações do pH (tampões) e para obtenção  de isotonicidade (NaCl). Também são utilizados para formar volume, quando a vacina contém quantidades mínimas de imunógenos. Os estabilizantes mais utilizados são açúcares (sacarose e lactose), proteínas derivadas de animais (gelatina porcina ou bovina) ou de humanos (soroalbumina humana), tampões (fosfato) e sais (NaCl). As proteínas de alto peso molecular, como gelatina parcialmente hidrolisada, apresentam maior risco de desencadear reações de hipersensibilidade.

Adjuvantes - São substâncias que aumentam a resposta imune de vacinas que contêm microorganismos inativados ou seus componentes (como, por exemplo, os toxóides tetânico e diftérico). Não são utilizados em vacinas que contêm microorganismos vivos. Os sais de alumínio são os adjuvantes mais utilizados para vacinas destinadas a uso humano .Os adjuvantes podem causar eventos adversos locais, como formação de granuloma.

Agora que sabemos o que tem nos componentes vacinais, vamos ver quais são os tipos de VACINAS 



Usando exemplos de vacinas que mais tarde serão estudadas para poder criar familiaridade com as VACINAS

nVacina Combinada : Dois agentes ou mais são administrados na mesma preparação (DPT, dT e anti-pólio)


nVacina Associada : Misturam-se as vacinas no momento da aplicação (Tetravalente)


nVacinação Simultânea Duas ou mais vacinas são administradas em diferentes vias, num mesmo atendimento.

É preciso lembrar que a resposta imune não depende somente da vacina, mas também das reações do organismo...

E quais são os cuidados básicos que devemos ter com os imunobiológicos ? 


Por hoje é isso, na próxima postagem é pretendido uma sequência para a temática. 


Deixo um vídeo interessante para auxiliar na compreensão histórica e definitiva acerca das Vacinas, uma história contada de forma simples por Fernando Mafra : 



Até a próxima !! 
Profº Rafael L. Ribeiro