quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Empreendedorismo para os profissionais da enfermagem


Você profissional da enfermagem nunca pensou em empreender ? 
Como ? 
Já adianto que não existe fórmula mágica, mas o convido a refletir na pagina "Planejamento,Gestão,Empreendedorismo...saúde"(clicando aqui ou na aba acima) assim, poderemos pensar acerca de tendências e possibilidades dentro da área da enfermagem, analisando conceitos e tendo novas idéias para poder aproveitar as oportunidades que estão por ai.

Aguardo o seu acesso e agradeço a leitura.

Enf. Docente Rafael L. Ribeiro

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Aprofundando no estudo das arritmias ...


Vimos no ultimo post que há diversos fatores que podem causar uma arritmia, também temos visto o quanto é importante o procedimento do ECG como exame diagnóstico dessas arritmias.
As imagens que serão postadas a seguir fazem parte de um software simulador de ECG.Os Parâmetros usados serão padronizados na Derivação 2 (DII).
Vamos acompanhar a seguir o ritmo sinusal, o qual é registrado naturalmente pelo ECG quando os parâmetros estão estáveis e normalizados:


Se trata do ritmo mais comum em adultos, com cerca de 60 a 100 batimentos por minuto, mantendo as mondas P,Q,R,S,T bem definidas. Quando é assim , podemos dizer que não há anormalidades.
Temos acima os traçados no papel do ECG , onde podemos observar que as ondas são bem definidas.

Vamos ver abaixo um exemplo de Bradicardia em adultos.
Na Bradicardia os batimentos cardíacos ficam abaixo de 60 por minuto e podem se tornar mais lentos. As ondas mantém sua definição característica, mas o espaçamento entre os quadrados dos picos de R até R se tornam mais distantes. Ritmos até 50 batimentos por minuto são suportáveis em pessoas saudáveis, abaixo disso, podemos estar diante de uma bradicardia patológica. 
Durante o sono, com o repouso do Sistema Nervoso Central e o relaxamento do tônus muscular, as bradicardias podem ser normais, variando de individuo para individuo.
Atletas possuem um ritmo sistólico mais lento, pois o músculo cardíaco do individuo praticante de esportes é diferenciado, condicionado a grandes cargas e contrações para conduzir maiores fluxos sanguíneos.

Veja abaixo a taquicardia registrada no ECG :
Esse ritmo cardíaco apresenta uma variação de 140 a 150 batimentos por minuto, podendo aumentar conforme as condições do organismo do indivíduo. Por exemplo, quando o indivíduo precisa correr, necessitando de mais oxigenação, o sangue fluí mais rapidamente para conduzir maiores quantidades de O2 pelo corpo, promovendo trocas gasosas mais dinâmicas.O sistema nervoso parassimpático pode atuar também aumentando o ritmo cardíaco quando o individuo apresenta sintomas de descompensação de alguma forma(por exemplo, febre, hipovolemia, dor, calor, hipóxia...).

Vamos observar abaixo a arritmia sinusal
Observe atentamente que os espaços entre os picos de R variam no complexo QRS, fazendo com que o ritmo calculado seja variável , entre 70 a 100 batimentos por minuto, mas as ondas se mantém bem definidas a não ser por uma leve inversão na onda U , que raramente aparece, a não ser que hajam condições. Costuma ser uma arritmia benigna que aparece em crianças, indicando uma compensação entre respiração e batimento cardíaco, crianças tendem ter um ritmo respiratório mais rápido, ofegando muitas vezes, isso causa esse tipo de alteração no ECG.Em adultos o mesmo resultado pode surgir se caso o individuo não estiver em repouso no momento do procedimento.

Agora vamos acompanhar uma condição patológica na figura abaixo :
O Bloqueio nodal sinoauricular é uma arritmia que indica o impedimento adequado da despolarização auricular, gerando esse espaçamento entre o ritmo da recarga no átrio direito. O ritmo pode variar em uma queda entre 50 batimentos e repentinamente se elevar para 100 batimentos por minuto. Os tecidos ao redor do nódulo sinoatrial não estão funcionando adequadamente, portanto a condução se torna ineficaz, nesse caso, o cardiologista pode indicar o uso de marca-passo para correção da arritmia, ou outros procedimentos de tratamento a critério.
A falta de acompanhamento ou de tratamento pode colocar o individuo portador dessa arritmia em risco quando , por um momento ou em alguma condição durante seu cotidiano, necessitar de maior exigência de seu coração, o risco de infarto, ou de fibrilação é grande.

Observe abaixo um exemplo de Pausa Sinusal:
Observamos que essa arritmia patológica faz com que a condução do impulso elétrico Sino-atrial seja interrompida por longo período de tempo, indicando um ritmo que varia entre quedas entre 40 batimentos por minuto e picos de 100 de R a R. A distância de P a P é alongada e nesse momento é como se o coração estivesse parado.Os riscos e tratamentos são similares aos do bloqueio nodal a critério do cardiologista.

Vamos observar abaixo um exemplo de CAP - Contrações Atriais Prematuras:
Essa arritmia é resultado de uma repolarização prematura do nódulo sinoatrial, resultando em contração atrial prematura antecipando o reinício de P. Os picos de R a R são mais estreitos nessa arritmia e o ritmo varia no calculo de R a R.

Abaixo veja o exemplo de Taquicardia atrial:
Em repouso , o indivíduo normalmente não passa dos 70 batimentos por minuto, variando até 90, 100. Um individuo com Taquicardia atrial, em repouso possuí um ritmo cardíaco maior que 170 batimentos, podendo oscilar até 230.

Vejamos a seguir a fibrilação atrial, referente a fibrilação atrial de onda P:
A ausência definida de onda P é característica na identificação de uma fibrilação auricular, os átrios fibrilando podem alterar o ritmo cardíaco e torná-lo variável no calculo.

Abaixo segue o exemplo de Flutter Atrial (ou Agitação)
A Agitação atrial expressa no ECG está indicando um auto risco de IAM na região dos átrios. É fácil reconhecer um Flutter atrial pois as ondas que antecedem P aparecem pontiagudas e contíguas.O Ritmo de R a R pode se manter estabilizado ou variar conforme a condição do individuo.

Seguimos conhecendo a Síndrome de Wolf-Parkinson-White:
 A condução elétrica intermédia entre o nódulo atrio-ventricular e o feixe de hís apresenta uma falha na Síndrome supracitada , causando esse fenômeno elétrico característico nas ondas do ECG. O ritmo é mantido no calculo de R a R porém a deformidade das ondas P-S é bem evidente. Isso ocorre devido a uma despolarização repentina dos ventrículos antes da repolarização completa do nódulo atrio-ventricular.

Vamos observar os bloqueios atrio-ventriculares de uma forma básica e dinâmica. É indicado que para maiores conhecimentos, o interessado pesquise em outras fontes de cardiologia , ou livros:

Bloqueio átrio-ventricular 1º grau

Bloqueio átrio-ventricular 2º grau Tipo 1

Bloqueio átrio-ventricular 2º grau Tipo 2

Bloqueio átrio-ventricular 3º grau

Algumas arritmias que surgem no ECG e que requerem maior estudo para poderem ser analisadas a fim de se fazer diagnósticos médicos, os quais são atribuições de Médicos Cardiologistas, portanto, a partir daqui serão postadas a denominação da arritmia e suas imagens somente, sem maiores comentários.

Contrações prematuras da União atrio-ventricular:
Intervalo entre P e R encurtados, uma onda P invertida surgindo variavelmente.

Ritmo Ventricular Bradicárdico:
Ausência da onda P (Batida atrial), complexo QRS estreitos e ritmo R-R de 40 a 60 Bpm.

Ritmo ventricular Acelerado (Taquicardico):
Complexo QRS mantendo-se estreitado, onda P invertida, apresentando condução elétrica negativa, mantendo um ritmo maior que 60 a 100 batimentos por minuto.

Descompasso, ou marcapasso errante:
Atento na onda P, que hora pode aparecer invertida, hora pode surgir elevada e pontiaguda e hora pode não aparecer até.Essa é a característica dessa arritmia. 

Taquicardia Nodo-átrio-ventricular:
Ondas P invertidas na derivação 2 (DII), QRS encurtado e ritmo cardíaco a mais de 100 batimentos por minuto.

Contrações ventriculares prematuras :
Surgimento antecipado da formação QRS, mantendo ritmo variável de 100 a 150 bpm.

Ritmo ventricular debilitado:

Taquicardia Ventricular 
Ritmo cardíaco a mais de 180 batimentos por minuto

Fibrilação Ventricular :
O ritmo cardíaco torna-se incalculável na fibrilação ventricular, podendo atingir uma variação de até 400 bpm, fazendo com que as ondas apareçam trêmulas.

Assistolia ou parada Cardíaca :
Parada da atividade elétrica do coração. 

Finalizamos aqui o nosso estudo básico do ECG e arritmias cardíacas. Para maior profundidade de conhecimento acerca da temática é necessário pesquisar mais conteúdo em livros, vídeos na internet e sites que tragam assuntos relacionados a saúde e cardiologia.

Para manter-se dinâmico ao realizar o procedimento nada melhor do que praticar bastante, é trabalhando e vivendo as rotinas que o profissional vai se tornando mais pratico.

Rafael L. Ribeiro


















sexta-feira, 9 de setembro de 2011

As ondas elétricas do CORAÇÃO... Introdução de ARRITMIAS


Como temos visto nas postagens anteriores, a propagação das ondas no ECG acontecem conforme a maquina registra a atividade do coração.
Veja na figura abaixo um exemplo normal do segmento das ondas no ECG:

Vamos conhecer a função de cada onda basicamente, ao que diz respeito sobre suas representações:
A onda P: Designa despolarização atrial. A onda P é a primeira deflexão que aparece no registro eletrocardiográfico.
-Eixo positivo em DI, DII, avF, VI e negativo em avR
-Amplitude: não exceder 0,25mV
-Morflogia: arredondada e monofásica.
-Duração máxima: 0,1s.
oO segmento PR – O intervalo PR refere-se ao percurso que o potencial de ação cumpre até o NAV e feixe de HIS. Portanto refere-se a despolarização septal (enchimento ventricular).
oRepresenta o tempo de transmissão do impulso elétrico dos átrios aos ventrículos
oComplexo QRS – Despolarização de ambos os ventrículos.
-Onda Q: despolarização do septo
-Onda R: despolarização do ápice
-Onda S: despolarização da base
oO segmento ST – O segmento ST entende-se do fim do complexo QRS, até o começo  da onda T. Representa a polarização de ambos os ventrículos.
oO segmento ST é isoelétrico. O ponto no qual o segmento ST encontra o complexo QRS é conhecido como ponto J (de junção).
oA onda T – A repolarização de ambos os ventrículos inscreve-se a onda T no ECG.
o O segmento ST e a onda T são indicadores sensíveis do estado agudo do miocárdio ventricular.
oIntervalo QT – Inclui o complexo QRS, o segmento ST e a onda T.
oProlongamento do intervalo, risco para morte súbita (valor máximo de 4s)

Observe a imagem retirada de : 
Para auxiliar na compreensão visual desses fenômenos.
Então fica a questão : O QUE É UMA ARRITMIA ? 

Podemos simplesmente dizer que uma arritmia representa um descompasso no ritmo das ondas cardíacas ?
Sim, faz sentido, mas seria incompleto frente a variedade de posições que as ondas podem apresentar, entre as distintas derivações que são observadas tridimensionalmente.
Portanto, vamos observar , de uma forma básica, algumas dessas possibilidades de arritmias.
O Coração tem a capacidade de gerar seu próprio estímulo elétrico (como vimos quando estudamos em particular a bomba sódio/potássio),bem, essa automacidade do coração deve manter um ciclo rítmico baseado na repetição das ondas PQRST constantemente, mesmo em um momento de exigência maior, promovendo uma taquicardia, ou em um momento de exigência menor, promovendo uma bradicardia, o coração deverá manter suas ondas bem definidas se essas forem verificadas em um monitoramento. Se essas ondas, por algum motivo, surgirem com espaços dismórficos, ou com indefinições , inversões, distorções, ou qualquer outras falhas, haverão interpretações para serem feitas segundo o que se apresentar na leitura dessas ondas.
Nas próximas postagens veremos exemplos de arritmias...




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eletricidade do Coração e o ECG


O Eletrocardiograma, o que dizer sobre ele:
oRegistro de potenciais elétricos gerados pelo coração;
oQuando um potencial de ação percorre a massa cardíaca, a corrente elétrica também propaga para os tecidos adjacentes ao coração. Assim se forem colocados eletrodos na superfície do tórax, a atividade elétrica pode ser registrada.
oO ECG constitui uma poderosa ferramenta clínica uma vez que é capaz de avaliar:
-Problemas na geração e condução do impulso elétrico;
-Hipertrofia cardíaca;
-Processos isquêmicos;
-Infartos no miocárdio;
-Distúrbios metabólicos (hipercalemia, hipernatremia e toxocidade por demais substâncias digitálicas)
oAs conexões elétricas entre os membros de uma pessoa e o eletrocardiógrafo formam derivações bipolares (2 eletrólitos localizados em dois pontos, um em um braço e outro em uma perna esquerda).
Vamos observar a seguir algumas derivações:


Vamos observar a seguir as posições das derivações que são inseridas nos pulsos e alguns exemplos de suas ondas eletricas registradas no aparelho de ECG.
As pulseiras RA= Right Arm = Braço direito (A cor seria vermelha), LA= Left Arm=Braço Esquerdo (A cor seria Amarela), LL=Left Leg=Perna Esquerda (A Cor seria Verde). A figura não está mostrando a pulseira da perna Direita (RL) porque não se trata de uma derivação, a cor preta representa simplesmente o Fio Terra.

A figura centralizada , demonstra o triangulo de Eighton, onde podemos observar os angulos que estão sendo visualizados durante o procedimento e as derivações que estão postas no individuo.

Vamos acompanhar na imagem a seguir a posição de inserção dos eletrodos nos espaços intercostais para conferir as demais derivações:

Habitualmente, a derivação V1 será inserida no quarto espaço intercostal do lado direito da região paraesternal (referente ao osso esterno), seguida por V2 no lado esquerdo (como na figura), logo a baixo, no quinto espaço intercostal, seguirá para a esquerda V3 e assim por diante , seguindo a linha da região media da clavicula, mantendo a linha do quinto espaço intercostal se insere V4, após , na linha posterior axilar V5 e na região media da axila V6.

Em casos de suspeitas e necessidades de se verificar outras regiões do coração, as posições dessas derivações podem variar , tanto para o lado direito , como para a parte anterior dos espaços intercostais. Porém, no eletrocardiograma clássico, temos 12 derivações: DI,DII,DIII, AVR,AVL,AVF,V1,V2,V3,V4,V5,V6.


Na figura acima podemos observar as variações das 12 derivações, como elas produzem diferentes registros para serem comparados e analisados.(Para melhor visualização da figura, extraia para seu computador e use o zoom, ou então use Ctrl+ do seu teclado).

Outros dois conceitos importantes para prosseguir nosso aprendizado são :
ØDespolarização à Progressão de uma onda de cargas positivas (potencial de ação) para dentro das células.
ØRepolarização à Restituição de cargas negativas dentro das células
Vejamos o exemplo prático na figura a baixo:
Vamos acompanhar abaixo , conforme as cores , como o coração está reagindo dentro do segmento das ondas eletricas visualizadas no ECG.
O Papel quadriculado facilita a analise do traçado das ondas, pois estabelece quadrantes pequenos e grandes para pode colher dados , isso faz com que o profissional que está analisando o exame possa ter um manejo facilitado durante seu trabalho.
Papel quadriculado
 velocidade de 2,5 cm/s.
oHorizontal = tempo:
cada milímetro no papel = 0,04 s.
cada 0,5 cm no papel = 0,20 s.
oVertical = voltagem
1 cm = 1mV
Em 60 segundos (1 minuto), o ECG percorre entre suas ondas, um traçado de 1500 quadradinhos de distância. Também podemos dizer que o ECG percorre em 60 segundos 300 quadrados maiores (Compostos de 5 quadradinhos).
Podemos saber a frequência cardiaca de um indivíduo contando a quantidade de quadradinhos do pico da onda R até o próximo pico da onda R  e depois dividir 1500 pela quantidade de quadradinhos encontrada.
Observe a figura abaixo :
De R a R temos 8 quadrantes compostos de 5 quadradinhos cada e mais 3 quadradinhos .Se multiplicarmos 8 por 5 , teremos 40, somando mais 3 , temos 43 quadradinhos pequenos.
Se dividirmos 1500 por 43 teremos 34,... ou seja, 34 batimentos por minuto.Uma bradicardia detectada.Temos também 8 quadrantes maiores, se dividirmos 300 por 8 temos 37,5 batimentos por minuto, temos a mesma bradicardia. Se formos calcular o rítimo baseando-se em dividir os quadrantes maiores por 300 teremos a FC e se formos contar os quadrados menores vamos obter FC exata.
Esse link , com o video, poderá te ajudar a compreender melhor :
É importantíssimo que os profissionais que vão realizar o atendimento sejam acolhedores, promovam conforto e calma para o paciente que está sendo submetido ao ECG, pois ele pode apresentar dúvidas e desconfortos , tensões, estresse, o que poderá alterar o resultado do ECG.
Atender bem o paciente , orientar quanto a retirada de metais , adornos, cinto , ou qualquer objeto que possa atrapalhar o procedimento; Coletar qualquer dado que possa ser importante para interromper o procedimento, como por exemplo, o uso de marcapasso, o fato do paciente ter vindo adando rapidamente e apresente taquicardia, sudorese intensa, medicamentos que possam atrapalhar o rítimo cardiaco, ou mesmo alimentos que possam alterar o rítimo.
Vamos aguardar as próximas postagens sobre ECG
 

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Vamos estudar mais coração...

Vamos revisar as estruturas que compõe o coração e relembrar um pouco de anatomia, e bioquímica para podermos falar mais do sistema cardiaco.

Histologia Básica do coração :

Essas são as camadas do músculo cardiaco.


Vamos a seguir verificar a Anatomia do Coração e seu sistema:

Iniciando pelo Átrio direito.
Em seguida , o Átrio Esquerdo.
Ventrículos expostos:
´
Ventrículo Direito a seguir :
Ventrículo Esquerdo :
Vejamos um giro rápido em 3D do coração:


Vamos ver agora os nomes das demais partes do coração na imagem  a seguir (Use Ctrl+ para aumentar o zoom da página e Ctrl- para diminuir , ou clique na imagem para poder ampliá-la).

Faça um exercício , uma atividade para fixação !
Enumere denominando os vasos sanguíneos a seguir :
Vamos conhecer agora  o sistema de condução nervosa que é responsável por manter os rítmos cardiacos em sua frequência contínua, primeiro observaremos a figura :

O impulso se inicia no Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. A freqüência rítmica dessa fibras musculares é de aproximadamente 72 contrações por minuto, enquanto o músculo atrial se contrai cerca de 60 vezes por minuto e o músculo ventricular, cerca de 20 vezes por minuto. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma freqüência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso.
Depois desse processo o que passa a atuar é o Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-ventricular: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m por segundo no músculo cardíaco.

Vejamos na figura uma representação em movimento :

Mas o que conduz os impulsos nas células nervosas ?
Vamos revisar o conceito da "Bomba Sódio - Potássio":


 As células humanas mantêm uma concentração interna de íons potássio (K+) cerca de 20 a 40 vezes maior que a concentração existente no meio extracelular. Por outro lado, a concentração de íons sódio (Na+) se mantém, no interior das nossas células, cerca de 8 a 12 vezes menor que a do exterior.
enquanto os Na+ são transportados naturalmente para o interior da célula, os K+ são expulsos do interior celular para o meio externo.
A longo prazo, no entanto, a saída de íons potássio é problemática para a célula, pois eles participam ativamente de processos importantes, tais como a respiração celular, a condução do impulso nervoso e a síntese protéica.
 Para que os íons potássio sejam transportados novamente para o citoplasma celular - e os íons sódio sejam expulsos para o meio externo -, as células ativam proteínas constituintes da membrana citoplasmática, que funcionam como bombas de íons e, portanto, regulam a passagem desses elementos através da membrana citoplasmática.
Esse transporte é realizado ativamente, ou seja, há gasto de energia - e os íons são transportados de um meio onde se encontram em menor concentração (meio hipotônico) para outro, onde estão em maior concentração (meio hipertônico).
Portanto, a bomba de sódio-potássio é responsável pelo transporte ativo e incessante de íons sódio e potássio, realizado por um conjunto protéico presente na membrana citoplasmática de todas as células, na qual ocorre a transferência desses íons (de um meio hipotônico para um meio hipertônico).
Em termos de funções fisiológicas, a bomba de sódio-potássio está ligada diretamente a processos de contração muscular e condução dos impulsos nervosos. Além disso, através desse tipo de transporte, a célula controla a entrada e saída de íons sódio e potássio, provocando, assim, a estabilidade do volume celular e a concentração de água no interior da célula (*Rodrigo Luís Rahal )
Assim o impulso eletroquímico segue mantendo o coração em rítimo, realizando SÍSTOLE E DIÁSTOLE .
Sístole = Contração da câmara cardiaca
Diástole = Relaxamento entre as sístoles

Para entender melhor é preciso remetermos à fisiologia cardiáca inicial , vamos seguir para outra postagem de fisiologia cardiaca .

Imagens retiradas de:
 heart-valve-surgery.com
filer.case.edu

Conteúdo em texto baseado em :
Nether e Sobota.