quinta-feira, 26 de maio de 2011

Esquizofrenia.Vamos entender e aprender mais...



É uma patologia cerebral caracterizada por manifestações psíquicas, que começa no final da adolescência ou início da idade adulta, antes dos 40 anos. Geralmente torna-se um mal crônico com tendência à deterioração da personalidade do indivíduo.

Até hoje não se conhece nenhum fator específico causador, portanto é considerada multifatorial. 

Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evidências relativas às causas da esquizofrenia são um mosaico: a unica coisa clara é a constituição multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudanças na química cerebral, fatores genéticos e mesmo alterações estruturais. A origem viral e traumas encefálicos não estão descartados. A esquizofrenia é provavelmente um grupo de doenças relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores". 

Algumas teorias sobre as causas da Esquizofrenia.

Teoria Bioquímica
A mais aceita em parte devido ao sucesso das medicações: as pessoas com esquizofrenia sofrem de um desequilíbrio neuroquímico, portanto falhas na comunicação celular do grupo de neurônios envolvidos no comportamento, pensamento e senso-percepção.

Teoria do Fluxo Sangüíneo Cerebral
Com as modernas técnicas de investigação das imagens cerebrais (Tomografia por Emissão de Pósitrons- TEP) os pesquisadores estão descobrindo áreas que são ativadas durante o processamento de imagens sejam elas normais ou patológicas. As pessoas com esquizofrenia parecem ter dificuldade na "coordenação" das atividades entre diferentes áreas cerebrais. Por exemplo, ao se pensar ou falar, a maioria das pessoas mostra aumento da atividade nos lobos frontais, juntamente a diminuição da atividade de áreas não relacionadas a este foco, como a da audição. Nos pacientes esquizofrênicos observamos anomalias dessas ativações. Por exemplo, ativação da área auditiva quando não há sons (possivelmente devido a alucinações auditivas), ausência de inibição da atividade de áreas fora do foco principal, incapacidade de ativar como a maioria das pessoas, certas áreas cerebrais.
A TEP mede a intensidade da atividade pelo fluxo sangüíneo: uma região cerebral se ativa, recebendo mais aporte sangüíneo, o que pode ser captado pelo fluxo sangüíneo local. Ela mostrou um funcionamento anormal, mas por enquanto não temos a relação de causa e efeito entre o que as imagens revelam e a doença: ou seja, não sabemos se as anomalias, o déficit do fluxo sangüíneo em certas áreas, são a causa da doença ou a conseqüência da doença.

Teoria Biológica Molecular
Especula-se a respeito de anomalias no padrão de certas células cerebrais na sua formação antes do nascimento. Esse padrão irregular pode direcionar para uma possível causa pré-natal da esquizofrenia ou indicar fatores predisponentes ao desenvolvimento da doença.

Teoria Genética
Talvez essa seja a mais bem demonstrada de todas as teorias. Nas décadas passadas vários estudos feitos com familiares mostrou uma correlação linear e direta entre o grau de parentesco e as chances de surgimento da esquizofrenia. Pessoas sem nenhum parente esquizofrênico têm 1% de chances de virem a desenvolver esquizofrenia; com algum parente distante essa chance aumenta para 3 a 5%. Com um pai ou mãe aumenta para 10 a 15%, com um irmão esquizofrênico as chances aumentam para aproximadamente 20%, quando o irmão possui o mesmo código genético (gêmeo idêntico) as chances de o outro irmão vir a ter esquizofrenia são de 50 a 60%.A teoria genética, portanto explica em boa parte de onde vem a doença. Se explicasse tudo, a incidência de esquizofrenia entre os gêmeos idênticos seria de 100%.

Teoria do Estresse
O estresse não causa esquizofrenia, no entanto o estresse pode agravar os sintomas. Situações extremas como guerras, epidemias, calamidades públicas não fazem com que as pessoas que passaram por tais situações tenham mais esquizofrenia do que aquelas que não passaram.

Teoria das Drogas
Não há provas de que drogas lícitas ou ilícitas causem esquizofrenia. Elas podem, contudo, agravar os sintomas de quem já tem a doença. Certas drogas como cocaína ou estimulantes podem provocar sintomas semelhantes aos da esquizofrenia, mas não há evidências que cheguem a causá-la.
Teoria Nutricional
A alimentação balanceada é recomendável a todos, mas não há provas de que a falta de certas vitaminas desencadeie esquizofrenia nas pessoas predispostas. As técnicas de tratamento por megadoses de vitaminas não têm fundamento estabelecido por enquanto.

Teoria Viral
A teoria de que a infecção por um vírus conhecido ou desconhecido desencadeie a esquizofrenia em pessoas predispostas foi muito estudada. Hoje essa teoria vem sendo abandonada por falta de evidências embora muitos autores continuem considerando-a como possível fator causal.

Teoria Social
Fatores sociais como desencadeantes da esquizofrenia sempre são levantados, mas pela impossibilidade de estudá-las pelos métodos hoje disponíveis, nada se pode afirmar a seu respeito. Toda pesquisa científica precisa isolar a variável em estudo.No caso do ambiente social não há como fazer isso sem ferir profundamente a ética.

(Informações retiradas do site : http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm) Acesse e saiba mais...

Afetando a mente humana 



Incidência:

Filhos de indivíduos esquizofrênicos têm uma chance de aproximadamente 10% de desenvolver a patologia.

Geralmente o risco de desenvolver a doença é de aproximadamente 1% entre a população.

O que é afetado e o que o Esquizofrênico sente ?


Delírios:
o indivíduo crê em idéias falsas, irracionais ou sem lógica. Em geral são temas de perseguição, grandeza ou místicos
Alucinações:
O paciente percebe estímulos que em realidade não existem, como ouvir vozes ou pensamentos, enxergar pessoas ou vultos, podendo ser bastante assustador para o paciente
Discurso e pensamento desorganizado:
O paciente esquizofrênico fala de maneira ilógica e desconexa , demonstrando uma incapacidade de organizar o pensamento em uma seqüência lógica
Expressão das emoções:
O paciente esquizofrênico tem um "afeto inadequado ou embotado", ou seja, uma dificuldade de demonstrar a emoção que está sentindo. Não consegue demonstrar se está alegre ou triste, por exemplo, tendo dificuldade de modular o afeto de acordo com o contexto, mostrando-se indiferente a diversas situações do cotidiano
Alterações de comportamento:
Os pacientes podem ser impulsivos, agitados ou retraídos, muitas vezes apresentando risco de suicídio ou agressão, além de exposição moral, como por exemplo falar sozinho em voz alta ou andar sem roupa em público.

EXISTEM SUB TIPOS DA ESQUIZOFRENIA (Para melhor entendimento é interessante consultar o CID F20 ao F 29).

Os principais subtipos são: 
paranóide (predomínio de delírios e alucinações)
desorganizada ou hebefrênica (predomínio de alterações da afetividade e desorganização do pensamento)
catatônico (alterações da motricidade)
simples (diminuição da vontade e afetividade, empobrecimento do pensamento, isolamento social)
residual (estágio crônico da doença com muita deterioração e pouca sintomatologia produtiva).

COMO SE TRATA?
As medicações antipsicóticas ou neurolépticos são o tratamento de escolha para a esquizofrenia. Elas atuam diminuindo os sintomas (alucinações e delírios), procurando restabelecer o contato do paciente com a realidade; entretanto, não restabelecem completamente o paciente. As medicações antipsicóticas controlam as crises e ajudam a evitar uma evolução mais desfavorável da doença. Em geral, as drogas antipsicóticas apresentam efeitos colaterais que podem ser bem controlados.
Em crises especialmente graves, ou em que não houve resposta às medicações, pode-se fazer uso da eletroconvulsoterapia (ECT) antigamente chamado de eletro-choque. Esse método é bastante seguro e eficaz para melhora dos sintomas, sendo realizado com anestesia. Uma outra possibilidade é usar antipsicóticos mais modernos chamados de atípicos ou de última geração. As abordagens psico-sociais, como acompanhamento psicoterápico, terapia ocupacional e familiar são também muito importantes para diminuir as recaídas e promover o ajustamento social dos portadores da doença.

(Retirado do site : http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?189) Acesse e saiba mais...

A esquizofrenia pode trazer riscos em ambientes se não for bem tratada no indivíduo, portanto a atenção dos profissionais da saúde mental para essa patologia deve ser intensa, com avanços de pesquisa e contribuições tecno-farmacológicas , avançando para entender mais sobre esse mal que aflige os pacientes de um modo bem complexo.

Alguns filmes, como por exemplo "Uma mente Brilhante" e  " A Ilha do Medo" , abordam essa temática de uma forma bem específica, vale a pena conferir e saber ao menos como o esquizofrênico se comporta.

É importante sabermos como se dá o efeito medicamentoso no tratamento, será a temática abordada na próxima postagem .


quarta-feira, 25 de maio de 2011

A deficiência mental. Devemos entender melhor isso.


Há fatores a serem observados antes de diagnosticar a deficiência mental,como por exemplo: Q.I. (Quociente de inteligência), Capacidade psicomotora, Habilidades e competências adaptativas, A idade do início da deficiência mental até os 18 anos e após.(A deficiência mental é considerada em seu início antes dos 18 anos, após , os transtornos mentais são classificados de outras formas patológicas). 
É importante termos a seguinte noção de que há tipos de níveis de deficiência mental distintos :
Deficiência Mental Leve.
Deficiência Mental Moderado.
Deficiência Mental Grave.
Deficiência Mental Profundo.
Deficiência Mental, Gravidade Inespecificada


O CID (Classificação Internacional das Doenças) é de uso exclusivo dos médicos, o especialista Psiquiatra usa CID F 70 diagnóstico para deficiência mental leve,indo até F79, descrevendo e classificando deficiências mentais (É mais preciso pesquisar na internet o CID, ler a referência a classe F70, para saber especificamente cada um).
A classe F06 descreve transtornos mentais, incluindo deficiências, por motivos especificados, como por exemplo lesões (F06.8). 

É essencial sabermos que há então essa distinção entre Deficientes mentais que dês da infância sofrem esse déficit e outros que , por algumas condições adversas, apresentaram ou desenvolveram deficiências e transtornos mentais.

A Palavra "Retardo" foi substituída por "Deficiência", a qual é menos incisiva e menos taxativa, é bem mais integrativa à aceitação social inclusive. 
Os deficientes mentais apresentam uma diminuição do rendimento intelectual, associada a diferentes níveis de transtornos sensoriais, perceptivos motores, de linguagem, do controle emocional, de adaptação em relação ao meio ambiente, dependendo das alterações orgânicas e na aparência física.
Observamos o que está postado no site:
http://gballone.sites.uol.com.br/infantil/dm1.html (que trás um estudo interessante de ser lido, principalmente aos que estão interessados a esse tema) vamos analisar esse trecho :
"...a característica essencial do Retardo Mental é quando a pessoa tem um “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades: comunicação, auto-cuidados, vida doméstica, habilidades sociais, relacionamento interpessoal, uso de recursos comunitários, auto-suficiência, habilidades acadêmicas, trabalho, lazer, saúde e segurança”. 
Essa é também a definição de Deficiência Mental adotada pela AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental). Na Deficiência Mental, como nas demais questões da psiquiatria, a capacidade de adaptação do sujeito ao objeto, ou da pessoa ao mundo, é o elemento mais fortemente relacionado à noção de normal. Teoricamente, deveriam ficar em segundo plano as questões mensuráveis de QI, já que a unidade de observação é a capacidade de adaptação..."
Esse trecho reforça nossas bases iniciais e convida-nos a pensar nas relações da sociedade com o individuo que tem deficiência mental, no sentido de condicionar tanto o meio social como o próprio individuo à inserção, livre de preconceitos e discriminação, de forma a haver acolhimento e partilha com esse individuo.
O individuo com deficiência mental necessita de constantes estímulos e ao passo, que na educação, preparamos a nossa sociedade para aceitar esse cidadão, estamos proporcionando um ambiente sem restrições a ele, onde será incluído e auxiliado, dessa forma estimulado naturalmente.
Não podemos esquecer que a doença mental não é sempre uma condição ensimesmada, mas também pode ser uma condição externa de influências, causas e efeitos de ambientes insalubres, processos complexos que aleatoriamente prejudicam de forma particular a saúde mental de um individuo e de outro.
Quando uma sociedade toda se conscientiza disso os tabus são desconstruídos e se edificam novas estruturas mais flexíveis e abertas à acolher de forma fraternal os indivíduos com deficiências e transtornos mentais,promovendo tratamento adequado, progredindo dentro e fora dos CAPS.
Quando falamos em incluir o Infante Deficiente mental na educação com crianças em padrão de normalidade, não estamos falando de simplesmente mantê-lo sem propósito algum, só para constar sua inclusão, pelo contrário, a idéia é visar futuramente uma profissão que dê significado a frequência desse individuo na formação escolar. Tendo o objetivo da formação desse individuo calcado no trabalho, o significado dessa inclusão será pleno, marcará a transição das fases de criança, adolescente e adulto na vida desse individuo, onde como profissional atuante sentirá dignidade, consciência, responsabilidade, sentimentos tão necessários para nós como seres humanos que se quisermos pensar em incluir o caminho é buscar esse tipo de reconhecimento. 
Geralmente os familiares de quem tem deficiência mental sofrem juntamente com o individuo e o apoio social a esses componentes familiares é muito importante, faz parte de todo o plano quando se pensa em incluir, pois não é simplesmente financeiro o problema dessa família, são muitos fatores que envolvem apoiar, como por exemplo auxílio à condução dos individuos aos CAPS, visitas de acompanhamento de equipes de saúde multidisciplinares, principalmente no suporte psicológico à família. Incluir, no sentido pleno, é tornar os familiares e os individuos com deficiência mental não somente clientes de serviços de saúde, mas parceiros, que tem confiança e vêm os profissionais da saúde como referência. 
"O trabalho de prevenção tem por base trabalhar:
Condições de saneamento básico,  prevenção contra drogas e o álcool, vacinação da mãe contra certas doenças, assistência pré-natal, leite materno, identificação de problemas peri e neonatais. Assistência continuada e permanente diante dos fatores de riscos presentes e aos efeitos no desenvolvimento da criança."


A seguir informações interessantes retiradas do site: http://gballone.sites.uol.com.br/infantil/dm1.html

Incidência
Segundo a Organização Mundial de Saúde, 10% da população em países em desenvolvimento, são portadores de algum tipo de deficiência, sendo que metade destes são portadores de Deficiência Mental, propriamente dita. Calcula-se que o numero de pessoas com retardo mental guarda relação com o grau de desenvolvimento do país em questão e, segundo estimativas, a porcentagem de jovens de 18 anos e menos que sofrem retardo mental grave se situa em torno de 4,6%, nos países em desenvolvimento, e entre 0,5 e o 2,5% nos países desenvolvidos (vejaRelatório da ONU sobre Doenças Mentais em PsiqWeb). 
Esta grande diferença entre o primeiro e o terceiro mundo demonstra que certas ações preventivas, como por exemplo a melhora de a atenção materno-infantil e algumas intervenções sociais específicas, permitiria um decréscimo geral dos casos de nascimentos de crianças com Deficiência Mental. 
Os efeitos da Deficiência Mental entre as pessoas são diferentes. Aproximadamente o 87% dos portadores tem limitações apenas leves das capacidades cognitivas e adaptativas e a maioria deles pode chegar a levar suas vidas independentes e perfeitamente integrados na sociedade. Os 13% restantes pode ter sérias limitações, mas em qualquer caso, com a devida atenção das redes de serviços sociais, também podem integrar-se na sociedade. No Estado de São Paulo, a Federação das APAEs, através de censo próprio realizado em 110 municípios, calcula ser de 1% da população o número de pessoas que necessitam de atendimento especializado (referência).
CAUSAS E FATORES DE RISCO 



A.Fatores de Risco e Causas Pré Natais:
São os fatores que incidirão desde a concepção até o início do trabalho de parto, e podem ser:
  • Desnutrição materna;
  • Má assistência à gestante;
  • Doenças infecciosas na mãe: sífilis, rubéola, toxoplasmose;
  • Fatores tóxicos na mãe: alcoolismo, consumo de drogas, efeitos colaterais de medicamentos (medicamentos teratogênicos), poluição ambiental, tabagismo;
  • Fatores genéticos: alterações cromossômicas (numéricas ou estruturais), ex.:síndrome de down, síndrome de matin bell; alterações gênicas, ex.:erros inatos do metabolismo (fenilcetonúria), síndrome de williams, esclerose tuberosa, etc.
B. Fatores de Risco e Causas Peri-Natais:
São os fatores que incidirão do início do trabalho de parto até o 30º dia de vida do bebê, e podem ser:
  • má assistência ao parto e traumas de parto;
  • hipóxia ou anóxia (oxigenação cerebral insuficiente);
  • prematuridade e baixo peso (PIG - Pequeno para idade Gestacional).
  • icterícia grave do recém nascido - kernicterus (incompatibilidade RH/ABO)
C. Fatores de Risco e Causas Pós-Natais:
Aqueles que incidirão do 30º dia de vida até o final da adolescência e podem ser:
  • desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global;
  • infecções: meningoencefalites, sarampo, etc;
  • intoxiações exógenas (envenenamento): remédios, inseticidas, produtos químicos (chumbo, mercúrio);
  • acidentes: trânsito, afogamento, choque elétrico, asfixia, quedas, etc.
  • infestações: neurocisticircose (larva da Taenia Solium). 
O atraso no desenvolvimento dos portadores de Deficiência Mental pode se dar em nível neuro-psicomotor, quando então a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar. Pode ainda dar-se em nível de aprendizado com notável dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar. Mas, é preciso que haja vários sinais para que se suspeite de Deficiência Mental e, de modo geral, um único aspecto não pode ser considerado indicativo de qualquer deficiência.
A avaliação da pessoa deve ser feita considerando-se sua totalidade. Isso significa que o assistente social, por exemplo, através do estudo e diagnóstico familiar, da dinâmica de relações, da situação do deficiente na família, aspectos de aceitação ou não das dificuldades da pessoa, etc. analisará os aspectos sócio-culturais.
O médico, por sua vez, procederá ao exame físico e recorrerá a avaliações laboratoriais ou de outras especialidades. Nesse caso, serão analisados os aspectos biológicos e psiquiátricos. Finalmente psicólogo, através da aplicação de testes, provas e escalas avaliativas especificas, avaliará os aspectos psicológicos e nível de Deficiência Mental.
Mesmo assim, o diagnóstico de Deficiência Mental é muitas vezes difícil. Numerosos fatores emocionais, alterações de certas atividades nervosas superiores, alterações específicas de linguagem ou dislexia, psicoses, baixo nível sócio econômico ou cultural, carência de estímulos e outros elementos do entorno existencial podem estar na base da impossibilidade do ajustamento social adaptativo adequado, sem que haja necessariamente Deficiência Mental. (Veja o site Entre Amigos)


*O site de onde foram tiradas as informações é muito instrutivo, é indicado que o interessado nesse assunto prossiga lendo as informações contidas nele. 

A inserção, cada dia melhor difundida, do deficiente mental na sociedade é uma evolução que nós como seres humanos, pais, familiares, professores, profissionais da saúde, desejamos edificar para nosso futuro breve, onde um mundo realmente compreensivo e acolhedor se forma em incluir e agregar.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tecnologia de informação no processo de trabalho de enfermagem


O objetivo principal dessa palestra foi inserir novidades inovadoras no contexto da própria proposta da semana da saúde do SENAC que é " Inovação e ética".

Nada melhor que os conceitos de tecnologia de informação em saúde para poder representar a inovação.A tendência as TICs é geral no mercado de trabalho, a saúde não prescinde dessa tendência.
É muito comum as pessoas confundirem os conceitos de engenharia tecnológica (maquinas que realizam trabalhos), com o conceito de tecnologia de informação (ferramentas tecnológicas para facilitar o fluxo de informações), portanto alguns individuos profissionais da saúde chegam a temer pelos seus cargos e empregos, quando na verdade , a atuação do profissional de saúde é insubstituível para os clientes e não há previsões de maquinas ocupando esse ramo no lugar das pessoas no mercado de trabalho.
O que há é a constante evolução e adaptação profissional para essas operações nos processos de trabalho, tendo em vista as exigências e competitividade cada dia mais acirradas para poder manter garantido o seu espaço nesse mercado, o profissional da saúde deve refletir e repensar suas necessidades de atualização.


Trabalhar em uma instituição como o SENAC onde há incentivo ao profissional é um privilégio muito grande e , igualmente é uma honra fazer parte do grupo de pesquisa GEPETE junto à USP.
Não tenho palavras para descrever a competência das Drªs Heloisa H. C. Peres, Cláudia Prado e Maria M. J. Leite, é simplesmente fantástico o trabalho que vem desenvolvendo.

Gostaria de deixar publicados aqui os meus agradecimentos à Coordenação e a equipe toda de Docentes do Curso técnico-profissionalizante do SENAC, por todo apoio meus caros colegas, sou muito grato!


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Debates movem essa temática: POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL ANALISADA DE FORMA DISTINTA.


A PRINCIPAL IDÉIA DE MUDANÇA ESTÁ :
- NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.
- NAS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO(LDB).
- NAS DIRETRIZES CURRÍCULARES QUE GARANTEM QUE O PROFISSIONAL TÉCNICO DE ENFERMAGEM TENHA EM SEU CONTEÚDO O APRENDIZADO SOBRE SAÚDE MENTAL BASEADO NA REFORMA.
- NA LEI 10.216 DE 06 DE ABRIL DE 2001 ESTÃO DISPOSTOS OS DIREITOS À PROTEÇÃO DOS PORTADORES DE DOENÇAS E TRANSTORNOS MENTAIS.
- A FORMATIZAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE CRIAÇÃO DE CENTROS DE APOIO PSICO SOCIAL
- ESTÁ NAS PESSOAS, NA EDUCAÇÃO E NA CULTURA DE INSERÇÃO DO DOENTE MENTAL NA SOCIEDADE.


E O QUE VISAM AS IDÉIAS DA REFORMA ?
A EDUCAÇÃO ESTÁ INCLUÍDA COMO BASE PARA PODERMOS ALCANÇAR A INSERÇÃO DO DOENTE MENTAL E A MELHOR COMPREENÇÃO DAS PATOLOGIAS MENTAIS NA SOCIEDADE, TENDO COMO FINALIDADE VENCER OS PRECONCEITOS QUE SEPARAM AS PESSOAS.


 
ASSUNTOS IMPORTANTES A SEREM ANALISADOS E REFLETIDOS :

PORQUE O CIDADÃO BRASILEITO TEM DIREITO A SER INFORMADO SOBRE AS MUDANÇAS DO SISTEMA !!!


oooOOOOooohhH!!


QUE OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE MENTAL SEJAM COMPETENTES A DIAGNOSTICAR E NÃO IMPRIMIR SENTENÇAS E NEM PRÉ-JULGAMENTOS.




A RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA É UMA PRÁTICA QUE TEM INCENTIVADO A INSERÇÃO SOCIAL DO DOENTE MENTAL E TEM TIDO PROGRESSOS PRÁTICOS IMPORTANTES PARA AS POLÍTICAS SOCIAIS.O MUNICÍPIO INCENTIVA O PROGRAMA E ATRAVÉS DAS POLÍTICAS DO SUS SUPERVISIONA E CONTROLA AS AÇÕES DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL DE UMA FORMA A REFLETIR TRATAMENTO AOS MORADORES DESSAS RESIDÊNCIAS, ONDE PROFISSIONAIS DE SAÚDE ATUAM EM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.

Observamos no cotidiano que a reforma psiquiátrica não está resolvida no Brasil, assim como o sistema de saúde, as políticas de saúde mental seguem em evolução, com bases bem fundamentadas, possibilitando muitas mudanças significativas no cenário que envolvem os profissionais atuantes em saúde mental.

As clínicas psiquiátricas seguem existindo, de forma necessária, com a ideação de manter o doente mental internado somente o tempo necessário, promovendo sua reabilitação e retorno ao tratamento em CAPS e outras terapias.

Temos também a "Iniciativa privada", coexistindo onde deveria haver obrigação maior do Estado de promover a saúde,sem concorrências, onde o SUS deveria ser auto-suficiente, a fim de que houvesse melhores e mais amplas fiscalizações dos serviços prestados por clínicas que tratam de doentes mentais, pois a atuação do profissional que lida diretamente com o doente mental não é simples, é algo que requer preparo, responsabilidade,contingente gerido por pessoas que planificam as ações, e sobretudo a promoção de remuneração adequada.

O ambiente de estresse, dantes em nosso país frequente nos manicômios, é substituído hoje por um ambiente saudável, lúdico, de carinho e profissionalismo, ética e respeito para com o ser humano portador de patologiais mentais.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aula : Políticas de saúde mental .

A aula discorreu no dia 10/05.
Aos alunos que acessarem o blog para consultar o conteúdo.
Um resumo do processo historico.

Há cerca de 2.500 anos, na Grécia, existiam apenas alusões à loucura, referenciada como comportamentos estranhos, personalidades incomuns ou desagradáveis e mesmo “possessões demoníacas”.



Era comum as pessoas acreditarem que acontecia uma "batalha entre o bem e o mal" durante um "manifesto" patológico-mental. Em cada cultura, em cada civilização isso era interpretado de forma diferente e na civilização grega, politeísta, isso naturalmente seguia essa linha.

As possessões foram uma das formas mais significativas usadas para explicar comportamentos tidos como desviantes. A loucura era considerada, de um modo geral, uma manifestação dos deuses.

Pensadores como Platão , Aristoteles e Hipocrates (considerado o pai da medicina ocidental), demonstraram interesse em classificar esses manifestos de loucura, considerando conceitos como histeria, melancolia, manias e outros.

 
Na Idade Média e Contra-Reforma, pessoas consideradas loucas eram ditas possuídas pelo demônio,, ou compactuantes com bruxaria, assim, eram queimadas na fogueira da inquisição. Na Renascença, há o retorno aos valores humanistas greco-romanos e retorno das indagações sobre as origens e causalidades naturais dos fenômenos mentais. São dessa época os primeiros asilos psiquiátricos. O primeiro deles foi oficialmente fundado em Valência, na Espanha, em 1410.


O surgimento dos asilos, por volta dos séculos XV e XVI, no entanto, não se restringiu a internação apenas dos considerados doentes mentais. Pelo menos a princípio, era um espaço de isolamento social que engloba todas as “espécies” que fossem incômodas aos olhos da sociedade, como pobres, vagabundos, presidiários, prostitutas etc.

A ciência frente as religiões na historia, passou por enfrentamentos de conflitos, com a medicina e a psiquiatria não aconteceu diferente, foram necessárias muitas constatações para que a psiquiatria assumisse o papel de autoridade perante a saúde mental para poder atuar diretamente na sociedade através de práticas.

A princípio , a psiquiatria era posta como "serviço de higiene", pois suas práticas tiveram inicio na remoção de pessoas com cuidados de higiene precarizados , da sociedade. A "Igreja" era quem detinha todas as práticas de cuidados com o doente mental e ainda mantinha os misticismos e toda a alusão ao exorcismo, às possessões, às divindades e outros rituais "cristãos".

Para existir como instituição de saber necessária à sociedade, a Psiquiatria deveria alcançar duas condições. A primeira era alcançar o patamar de Ciência. Para poder incluir-se na Medicina, codificou-se a loucura como doença, dando-lhe nosologias, patologia, prognósticos, observações, diretrizes diagnósticas etc.

Posteriormente, passou-se à pratica dos cuidados com o doente mental de formas específicas aos seus "manifestos", isso fez com que a saúde mental fosse vista de uma forma distinta do paradigma anterior.

Nasce a psiquiatria