quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aula : Políticas de saúde mental .

A aula discorreu no dia 10/05.
Aos alunos que acessarem o blog para consultar o conteúdo.
Um resumo do processo historico.

Há cerca de 2.500 anos, na Grécia, existiam apenas alusões à loucura, referenciada como comportamentos estranhos, personalidades incomuns ou desagradáveis e mesmo “possessões demoníacas”.



Era comum as pessoas acreditarem que acontecia uma "batalha entre o bem e o mal" durante um "manifesto" patológico-mental. Em cada cultura, em cada civilização isso era interpretado de forma diferente e na civilização grega, politeísta, isso naturalmente seguia essa linha.

As possessões foram uma das formas mais significativas usadas para explicar comportamentos tidos como desviantes. A loucura era considerada, de um modo geral, uma manifestação dos deuses.

Pensadores como Platão , Aristoteles e Hipocrates (considerado o pai da medicina ocidental), demonstraram interesse em classificar esses manifestos de loucura, considerando conceitos como histeria, melancolia, manias e outros.

 
Na Idade Média e Contra-Reforma, pessoas consideradas loucas eram ditas possuídas pelo demônio,, ou compactuantes com bruxaria, assim, eram queimadas na fogueira da inquisição. Na Renascença, há o retorno aos valores humanistas greco-romanos e retorno das indagações sobre as origens e causalidades naturais dos fenômenos mentais. São dessa época os primeiros asilos psiquiátricos. O primeiro deles foi oficialmente fundado em Valência, na Espanha, em 1410.


O surgimento dos asilos, por volta dos séculos XV e XVI, no entanto, não se restringiu a internação apenas dos considerados doentes mentais. Pelo menos a princípio, era um espaço de isolamento social que engloba todas as “espécies” que fossem incômodas aos olhos da sociedade, como pobres, vagabundos, presidiários, prostitutas etc.

A ciência frente as religiões na historia, passou por enfrentamentos de conflitos, com a medicina e a psiquiatria não aconteceu diferente, foram necessárias muitas constatações para que a psiquiatria assumisse o papel de autoridade perante a saúde mental para poder atuar diretamente na sociedade através de práticas.

A princípio , a psiquiatria era posta como "serviço de higiene", pois suas práticas tiveram inicio na remoção de pessoas com cuidados de higiene precarizados , da sociedade. A "Igreja" era quem detinha todas as práticas de cuidados com o doente mental e ainda mantinha os misticismos e toda a alusão ao exorcismo, às possessões, às divindades e outros rituais "cristãos".

Para existir como instituição de saber necessária à sociedade, a Psiquiatria deveria alcançar duas condições. A primeira era alcançar o patamar de Ciência. Para poder incluir-se na Medicina, codificou-se a loucura como doença, dando-lhe nosologias, patologia, prognósticos, observações, diretrizes diagnósticas etc.

Posteriormente, passou-se à pratica dos cuidados com o doente mental de formas específicas aos seus "manifestos", isso fez com que a saúde mental fosse vista de uma forma distinta do paradigma anterior.

Nasce a psiquiatria




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